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Veja 71 lições que aprendemos e jamais esqueceremos sobre o acidente da Chapecoense na Colômbia

Confira uma uma homenagem aos guerreiros do clube catarinense.

Respeitando o luto familiar das 71 vítimas do voo que levava a Chapecoense a Medellín, preferimos não tecer maiores opiniões sobre o fato logo nos primeiros dias. Além disso, a Casa do Futebol prima por análises táticas, comentários e conteúdo voltados ao futebol; enquanto a cobertura jornalística exigida pelo fato carecia caráter informativo sobre as vítimas do acidente.

Do momento da tragédia até agora, choramos, refletimos, acompanhamos o desenrolar dos acontecimentos e aprendemos inúmeras lições sobre esse comovente e doloroso fato. De todos esses sentimentos, separamos 71 deles. Uma singela homenagem aos personagens do acidente e àqueles que permanecerão para sempre com o coração machucado. A Casa do Futebol tem certeza que jamais sairá de nossa memória…

1 – o quanto o povo colombiano é solidário e amoroso.
2 – que o Atlético Nacional não é só o campeão da Libertadores da América, mas também o vencedor do troféu “Grandeza e Respeito” humano.
3 – o tamanho da paixão que a torcida da Chapecoense tem pelo seu clube e seus ídolos.
4 – que jamais será “só futebol”. Estamos tratando de algo muito maior do que um jogo.
5 – que o termo “tragédia” não pode ser utilizado para adjetivar um rebaixamento (Fernando Carvalho aprendeu isso).
6 – o quanto premiações são irrisórias se compararmos ao valor das vidas perdidas (Romildo Bolzam também deve ter assimilado isso).
7 – a comoção do velório coletivo na Arena Condá.
8 – a força e lucidez de dona Alaíde Pacheco, mãe do goleiro Danilo.
9 – que parte da imprensa aproveitou-se do fato para fazer sensacionalismo barato e cruel, estimulando discussões e ódio.
10 – a união (pelo menos por alguns dias) das torcidas rivais em torno da Chapecoense.
11 – que provavelmente a Chapecoense tornou-se o clube brasileiro mais conhecido no mundo.
12 – a homenagem nas cores verde e branco, presentes em todos uniformes dos times de futebol, através do símbolo da Chapecoense.
13 – que Medellín passou de “cidade do tráfico” para a “cidade da Solidariedade”.
14 – a linda e comovente homenagem à Chapecoense dos torcedores nos estádios pelo mundo.
15 – que um juiz “fingiu” não ter visto um jogador ter tirado a camiseta para homenagear a Chapecoense, omitindo o cartão amarelo.
16 – a genialidade de Mário Sérgio Pontes de Paiva (com a bola nos pés e com o microfone).
17 – que o ódio e falta de educação nas redes sociais não respeita nada e ninguém.
18 – o grito “Ohhh, Vamo, Vamo Chape, Vamo, Vamo Chape”!
19 – o estádio Atanasio Girardot completamente lotado em solidariedade as vítimas do acidente.
20 – o trabalho heroico dos bombeiros, socorristas e médicos no atendimento aos tripulantes do avião.
21 – a emocionante cobertura da imprensa sobre o desenrolar dos fatos e suas consequências.
22 – os minutos de silêncio realizados antes das partidas em solidariedade às vítimas.
23 – o brilho das luzes nos estádios, ginásios e monumentos ostentando as cores verde e branco.
24 – a dor pelas consequências desastrosas nas negligências envolvendo transportes, sobretudo o aéreo.
25 – que durante seis dias os torcedores da Chapecoense praticamente acamparam no estádio da equipe para demonstrar sua dor pela tragédia.
26 – a tentativa, por parte de alguns políticos, de se aproveitar da tragédia para votar projetos de seus interesses pessoais.
27 – a narração emocionante de Deva Pascovicci.
28 – que muitos clubes esqueceram seus interesses e a rivalidade para oferecer ajuda à Chapecoense.
29 – a magia das defesas do goleiro Danilo na semifinal da Copa Sul-Americana contra o San Lorenzo.
30 – a festa no vestiário da Chapecoense após a classificação para a final.
31 – o abraço emocionado entre Guido Nunes, repórter do SporTV, e dona Alaíde, mãe do goleiro Danilo.
32 – a competência nas informações precisas de Victorino Chermont.
33 – o exemplo dos dirigentes da Chapecoense, que levaram o clube da série D para a série A e uma final de Competição continental.
34 – a entrada em campo dos jogadores do San Lorenzo, vestindo as camisas trocadas com os jogadores da Chapecoense na Semifinal da Copa Sul-Americana.
35 – a união dos jogadores de Real Madrid e Barcelona para homenagear a Chapecoense antes do clássico espanhol.
36 – a velocidade do atrevido Ananias.
37 – a beleza das imagens do cinegrafista Ari Ferreira.
38 – a imparcialidade de Paulo Julio Clement.
39 – o caráter e humildade de Caio Júnior.
40 – cada um dos 81 gols de Bruno Rangel, maior artilheiro da história da Chapecoense.
41 – a emoção dos colegas de jornalismo ao transmitir o velório coletivo na Arena Condá.
42 – a vontade do destino. Histórias diversas de jogadores e dirigentes, que por algum motivo, não embarcaram no voo para Medellín.
43 – a tristeza de todos os familiares e amigos das vítimas.
44 – que algumas crianças (inclusive algumas que ainda nem nasceram) crescerão sem ter dado um abraço em seus pais.
45 – a tristeza da comunidade de Chapecó, que lembrará de seus heróis para sempre.
46 – que havia um suposto esquema para beneficiar voos irregulares da LAMIA (essa informação ainda precisa ser melhor apurada).
47 – a garra e raça do volante Josimar.
48 – a chuva torrencial que caía durante o velório coletivo, como se o mundo derramasse suas lágrimas sobre a Arena Condá.
49 – a garra e talento dos guerreiros da Chapecoense, que elevaram o clube a um novo patamar dentro do futebol mundial.
50 – o choro e as orações vindas de todos os cantos do planeta.
51 – que, mesmo sem ter sido realizado a final, a Chapecoense será lembrada como Campeã da Copa Sul-Americana de 2016.
52 – que não foi a primeira vez que a LAMIA realizou um voo no limite da autonomia de combustível.
53 – da versatilidade do meio-campista Gil.
54 – o milagre das seis vidas que foram salvas no acidente: Alan Ruschel, Neto, Follmann (jogadores), Rafael Henzel (jornalista), Ximena Suarez e Erwin Tumiri (integrantes da tripulação)
55 – o menino anônimo, que guiou o resgate até o local exato do acidente.
56 – o cancelamento das festas de Natal e Ano Novo na cidade de Chapecó.
57 – o último vídeo das vítimas, feito pelo zagueiro Filipe Machado. O clima era de extrema felicidade.
58 – a dura imagem com os destroços do avião, reunindo pertences e fotos dos atletas com seus familiares.
59 – a técnica invejável de Cléber Santana.
60 – o vídeo com a emoção de Tiaguinho ao descobrir que iria ser pai, dias antes do acidente fatal.
61 – a imagem da criança, vestida de índio, em prantos pela morte de seus ídolos.
62 – o estilo único do atacante Kempes.
63 – as promessas de ajuda à Chapecoense (que terão seu cumprimento monitorado pela Casa do Futebol).
64 – a força e imponência do “xerife” Willian Thiego.
65 – a hashtag #forçachape, espalhada por todos os países do mundo.
66 – a grandeza e sabedoria das palavras de Paulo Paixão, pai de Anderson Paixão, falecido no desastre. Ele já havia perdido o primeiro filho em 2002, vítima de um ataque cardíaco.
67 – a emoção de Camilo, Fabiano, Guto Ferreira e outros profissionais que a pouco tempo defendiam a Chapecoense e perderam seus colegas.
68 – a Brigada Militar de Chapecó, responsável por carregar os caixões que chagavam da Colômbia.
69 – a hombridade dos jogadores do Atlético Nacional, que solicitaram a CONMEBOL que o título da Copa Sul-America e a respectiva premiação ficasse com a Chapecoense.
70 – que esta foi a semana mais difícil da história do futebol.
71 – o avião que saiu do Brasil para conquistar a América e virou uma lenda. Nele estavam a bordo:
(A relação dos passageiros tem como fonte o Portal Globoesporte)

Jogadores
1. Danilo (goleiro)
2. Gimenez (lateral)
3. Bruno Rangel (atacante)
4. Marcelo (zagueiro)
5. Lucas Gomes (atacante)
6. Sergio Manoel (meio-campista)
7. Filipe Machado (zagueiro)
8. Matheus Biteco (meio-campista)
9. Cleber Santana (meio-campista)
10. Alan Ruschel (lateral – sobrevivente)
11. William Thiego (zagueiro)
12. Tiaguinho (meio-campista)
13. Neto (zagueiro – sobrevivente)
14. Josimar (meio-campista)
15. Dener Assunção (lateral)
16. Gil (meio-campista)
17. Ananias (atacante)
18. Kempes (atacante)
19. Jakson Follmann (goleiro – sobrevivente)
20. Arthur Maia (meio-campista)
21. Mateus Caramelo (lateral)
22. Aílton Canela (atacante)

Comissão técnica e Diretoria
23. Caio Júnior (técnico)
24. Eduardo de Castro Filho, o Duca (auxiliar técnico)
25. Luiz Grohs, o Pipe (analista de desempenho)
26. Anderson Paixão (preparador físico)
27. Anderson Martins, o Boião (preparador de goleiros)
28. Dr. Marcio Koury (médico)
29. Rafael Gobbato (fisioterapeuta)
30. Cocada
31. Sergio de Jesus, o Serginho
32. Adriano
33. Cleberson Silva
34. Mauro Stumpf, o Maurinho (vice-presidente de futebol)
35. Eduardo Preuss, o Cadu Gaúcho (diretor)
36. Chinho di Domenico (supervisor)
37. Sandro Pallaoro
38. Cezinha
39. Gilberto Pace Thomas, o Giba (assessor de imprensa)
40. Nilson Folle Júnior
41. Decio Burtet Filho
42. Edir de Marco (diretor)
43. Ricardo Porto (diretor)
44. Mauro dal Bello (diretor)
45. Jandir Bordignon (diretor)
46. Dávi Barela Dávi

Convidado
47. Delfim Peixoto Filho (vice-presidente da CBF e presidente da Federação Catarinense)

Imprensa
48. Victorino Chermont (Fox Sports)
49. Rodrigo Santana Gonçalves (Fox Sports)
50. Deva Pascovich (Fox Sports)
51. Lilacio Júnior (Fox Sports)
52. Paulo Julio Clement (Fox Sports)
53. Mario Sergio Pontes de Paiva (Fox Sports e ex-jogador)
54. Guilher Marques (Globo)
55. Ari de Araújo Júnior (Globo)
56. Guilherme Laars (Globo)
57. Giovane Klein (repórter da RBS TV de Chapecó)
58. Bruno Mauro da Silva (técnico da RBS TV de Florianópolis)
59. Djalma Araújo Neto (cinegrafista da RBS TV de Florianópolis)
60. Adré Podiacki (repórter do Diário Catarinense)
61. Laion Espindula (repórter do Globo Esporte)
62. Rafael Henzel (rádio Oeste Capital – sobrevivente)
63. Renan Agnolin (rádio Oeste Capital)
64. Fernando Schardong (rádio Chapecó)
65. Edson Ebeliny (rádio Super Condá)
66. Gelson Galiotto (rádio Super Condá)
67. Douglas Dorneles (rádio Chapecó)
68. Jacir Biavatti (comentarista RIC TV e Vang FM)
Tripulação
69. Miguel Quiroga (piloto)
70. Ovar Goytia
71. Sisy Arias
72. Romel Vacaflores (assistente de voo)
73. Ximena Suarez (aeromoça – sobrevivente)
74. Alex Quispe
75. Gustavo Encina
76. Erwin Tumiri (técnico da aeronave – sobrevivente)
77. Angel Lugo
Descansem em paz, índios guerreiros!

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