Eduardo Miranda
Ronaldo fez ontem a sua despedida da Seleção Brasileira. Depois da “era fenômeno”, o time canarinho terá que conviver com uma lacuna latifundiária: o posto de centroavante. Luis Fabiano, na Copa do Mundo da África, já deixava claras evidências que não tínhamos mais um centroavante diferenciado do quilate de Careca, Romário e Ronaldo. Deixamos de produzir talentos para marcar gols e, aqueles que deveriam assumir a posição, por motivos diferentes passaram longe da amarelinha.
Adriano
O Imperador seria o sucessor natural de Ronaldo na Seleção Brasileira. Entretanto, os problemas extracampo afastaram a camisa 9 do imperador. Apesar do arsenal de ferramentas (força física, finalização, técnica), Adriano conseguiu presença apenas na Copa do Mundo de 2006. Ainda sim, esteve visivelmente fora de forma e bem abaixo do que poderia entregar.
Alexandre Pato
O atacante formado no Internacional era apontado como provável dono da posição de centroavante no time verde e amarelo. Campeão mundial de clubes aos 17 anos, já aos 18 anos era titular do Milan. Porém as constantes lesões e a vida atribulada fora de campo acabaram tirando o foco na carreira, dificultando o salto técnico esperado.
Em termos de qualidade, Neymar é quem mais se aproxima dos grandes atacantes brasileiros das últimas décadas. Contudo suas características apontam uma carreira atuando pelos lados do campo (principalmente o esquerdo). Quem sabe a grande referência do time venha dele, mas ainda falta o homem terminal diferente. O trono deve permanecer vazio por mais algum tempo.
