Não há como negar: a edição da Copa Libertadores da América 2018 ficará marcada por uma série de polêmicas, discussões nos tribunais, remarcações de jogos e lambanças da CONMEBOL. Muitas delas envolvendo o River Plate, o vencedor da competição. Apesar de tudo isso, inegavelmente, o campeão do torneio é quem melhor joga futebol nas Américas.
O River Plate de Marcelo Galhardo gosta de ter a bola, algo cada vez menos comum no futebol mundial. Muñeco prioriza a saída de bola sem chutões e não abre mão de jogadores com bom passe e qualidade técnica no meio-campo. Além disso, tem coragem de substituir ofensivamente já no intervalo. Precisando virar a final da Libertadores contra o Boca Junior, Galhardo não hesitou em formar o time do meio para frente com Enzo Pérez, Exequiel Palacios, Juan Quintero, Ignacio Fernández e Pity Martínez. Cinco jogadores com ótima capacidade de criação. Três deles canhotos. Nenhum especialista em marcação. A partir das modificações, dominou completamente o jogo, aumentou a posse de bola e construiu a virada.
Para levantar a taça de campeão da América, o River Plate precisou bater importantes adversários. A partir das oitavas de final, eliminou Racing, Independiente, Grêmio e Boca Juniors, na maioria das vezes impondo a sua forma de atuar e vencendo com autoridade. Vale conferir se os comandados de Galhardo conseguirão chegar à Final do Mundial de Clubes e, se der a lógica, fazer frente ao Real Madrid. Seria o último grande desafio para o excelente River de Muñeco. Polêmico fora de campo, mas imponente dentro das quatro linhas.