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Juventus ‘ressuscita’ o 3-5-2 para assombrar o Calcio

Conte implantou o esquema com três zagueiros e vem dominando o Campeonato Italiano.

A Juventus de Turim foi desclassificada prematuramente nas duas últimas edições da UEFA Champions League. Mas, isso não apaga a excelente campanha que o time italiano fez nas últimas temporadas do Calcio. Quando a maioria dos principais clubes no mundo atuava nos esquemas 4-2-3-1, 4-3-3 e 4-4-2, a Juventus “ressuscitava” o 3-5-2 em grande estilo. Mesmo com uma crise gigantesca no futebol italiano, a “Velha Senhora” conseguiu montar uma equipe forte e não deu nenhuma chance para os demais adversários que disputaram o campeonato nacional. O desafio agora é competir em igualdade de forças com as demais grandes equipes da Europa, para, quem sabe, voltar a ganhar a Liga dos Campeões.

Febre nos anos 90, o esquema tático com três zagueiros já vinha sendo visto como defasado. Entretanto, foi com essa formação que o técnico Antonio Conte montou a equipe ao assumir o clube em 2011. Com a grana curta para contratar jogadores de “peso”, o jeito foi usar a criatividade e explorar ao máximo as qualidades dos boleiros que estavam no grupo. O próprio escândalo da arbitragem, que rebaixou o clube anos antes, era um fator negativo para trazer novos reforços.

Conte aproveitou o que o grupo tinha de melhor: a zaga. Com três ótimos defensores (Bonucci, Barzagli, e Chiellini) e o espetacular goleiro Buffon, formou-se o “alicerce” do time. Além de bons marcadores, os três zagueiros também possuem uma saída de bola qualificada, facilitando a vida dos alas (principalmente do suíço Lichtsteiner) que apoia bastante pelo lado direito. Nesta temporada, Asamoah chegou para qualificar o setor esquerdo, substituindo o limitado De Ceglie. Do Milan, veio o “acabado” Pirlo, para comandar o meio-campo da Juve. O veterano mostrou que ainda tem “lenha para queimar”, tornando-se um dos destaques do futebol europeu. Prata da casa, Marchisio foi outro desacreditado que recebeu nova oportunidade. Finalmente o jogador deixou de ser uma promessa para brilhar no futebol italiano, chegando à seleção do país.  As grandes contratações ficaram por conta de Arturo Vidal e Carlos Tévez.

O chileno, que veio do Bayer Leverkusen por 10 milhões de euros, adaptou-se rápido ao time formando o ótimo trio que atua pela faixa central da equipe. Já o argentino, chegou do Manchester City para ser a cereja do bolo.

Para o ataque vieram Vucinic (Roma) e Llorente (Atlético de Bilbao). Com um meio criativo e variações de jogadas pelas alas, os dois receberam passes preciosos para marcar os gols que o time precisava.  Quagliarella e Giovinco também tiveram oportunidades para atuar na frente, com atuações mais discretas.

Não foi desta vez que a Juventus conquistou a Europa. Mas, os adversários que fiquem de olhos abertos. O gigante está voltando. Com alguns reforços pontuais, pode ser problema para o resto da turma nas próximas competições. Conte “ressuscitou” o 3-5-2 e desenterrou os “Bianconeros”. Agora, eles querem mais. É como diz a frase estampada na camisa da Juventus: “Vencer não é importante, é a única coisa que importa”.

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