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‘Ameaçados de extinção’, centroavantes e meias de armação ainda dão as cartas no futebol brasileiro

Camisas 9 e 10 voltaram a ser valorizados no mercado nacional.

Muito se comenta sobre a dificuldade que os centroavantes de área e os meias de criação teriam para se adaptar ao futebol atual. Segundo muitos especialistas no assunto, a velocidade do jogo e a falta de espaços implicaria a decadência dos jogadores que atuam nessas funções. Além disso, a adoção pelos esquemas 4-3-3 e 4-2-3-1, justamente os preferidos atualmente pelos treinadores, dificultariam as ações dos tradicionais camisas 9 e 10. Porém, a movimentação do mercado e o desempenho dentro de campo desmentem por completo essas teses.

Para comprovar que armadores e centroavantes nunca estiveram tão valorizados, vamos a alguns fatos. O Flamengo, ano passado, investiu pesado para repatriar Diego. O jogador fez o time carioca subir de produção e brigar pelo título do Brasileirão. Não satisfeito, o rubro-negro acertou este ano com o argentino Conca, reforçando mais ainda o setor criativo. O outro destaque da equipe é o peruano Guerrero, jogador de referência no ataque. O Corinthians, sentindo a necessidade de melhorar sua armação de jogo, recontratou Jádson e o centroavante Jô chegou como solução para os gols. O São Paulo também apostou boas cifras em Lucas Pratto para o argentino ser a referência ofensiva do Morumbi. No Santos não é diferente. Lucas Lima e Ricardo Oliveira, ambos nas funções já mencionadas, são os destaques. O Palmeiras, seguindo a mesma linha, foi buscar o goleador e meia do Atlético Nacional (Borja e Guerra respectivamente).

Nos demais grandes clube brasileiros, o fenômeno se repete. O Fluminense tem em Gustavo Scarpa o seu principal expoente. O Internacional comemorou o retorno de D’alessandro, grande referência técnica da equipe, apesar da idade. Sem ele, o colorado teve um 2016 acéfalo e foi rebaixado. Em 2017, Brenner, um clássico camisa 9, é o goleador dos gaúchos na temporada. No Grêmio, o lamento segue sendo a grave lesão sofrida por Douglas, o maestro pifador. E não é por acaso. O camisa 10 tricolor conduziu o clube ao título da Copa do Brasil do ano anterior. Apostando nas mesmas fichas dos demais clubes, o Imortal também foi buscar a figura típica do centroavante, acertando a vinda de Lucas Barrios. No Atlético, Fred é quem canta de galo. Na Raposa, Ábila e Arrascaeta são os “caras” do Cruzeiro.

Não há dúvidas que o futebol tem se mostrado cada vez mais dinâmico. Mesmo assim, algumas peças continuam essenciais ao time, principalmente quando há jogadores de qualidade ocupando essas funções. Não parece ser algo inteligente retirar da equipe aquele que pensa o jogo ou quem possui a capacidade marcar o gol com apenas um toque. Bom que os clubes brasileiros entenderam isso.

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