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Grêmio recorre ao velho Felipão para conquistar novos títulos. A escolha é mais emocional do que técnica

Treinador e clube querem, juntos, dar a volta por cima.

Quando o Grêmio demitiu o técnico Enderson Moreira, apenas 3 rodadas após o fim da Copa do Mundo, foi possível chegar a seguinte conclusão: Koff já havia acertado a contratação de Felipão. Provavelmente, por razões éticas, ninguém irá confirmar isso. Mas, certamente o clube esperava o fim do mundial para tentar repatriar o “gaúcho de bigode”. Felipão sempre foi o favorito do mandatário tricolor para treinar o Grêmio (desde quando assumiu o cargo de presidente, no início de 2013), mas o técnico já estava comprometido com a CBF. 18 anos depois, Scolari volta à casa onde teve as primeiras grandes oportunidades na carreira e conquistou os títulos mais relevantes. Aliás, é baseado nessa antiga história vencedora que o Grêmio quer reviver os grandes momentos da década de 90.

Dizer que Felipão é ídolo dos gremistas é uma obviedade. A sua chegada causou um grande alvoroço no lado azul do Rio Grande. A imagem do comandante é um dos últimos resquícios do clube multicampeão entre 1994 e 1997. Faz 4 anos que o Grêmio não conquista um título (o último foi o Campeonato Gaúcho, em 2010) e 13 longas temporadas sem uma Taça de grande expressão (Copa do Brasil 2001). Para aumentar o tormento, o arquirrival ganhou 2 Taças Libertadores e um Mundial de Clubes nesse período.

Aos 65 anos, Scolari apresenta uma escala descendente na carreira. As conquistas de expressão tornaram-se cada vez mais raras e os resultados constrangedores apareceram. O rebaixamento do Palmeiras (2012) e a humilhação na Copa do Mundo (2014) foram as piores páginas que o gaúcho possui no currículo. O último grande trabalho do técnico foi comandando a Seleção de Portugal, na Copa de 2006. De lá para cá, poucos registros positivo são mencionáveis. Analisando de forma racional, a escolha de Felipão para treinar o Grêmio é muito mais um apelo ao emocional do que uma decisão técnica.

Scolari é um vencedor. Isso é indiscutível. A derrota por 7×1 contra a Alemanha ainda deve doer bastante. Um bom trabalho no clube gaúcho poderia devolver o orgulho ao técnico, além da autoestima aos torcedores. O tricolor disputa a Copa do Brasil em 2014, torneio no qual o treinador é especialista. Até quando “rebaixou” o Palmeiras, em 2012, ele faturou a competição (e o time paulista era limitadíssimo!). O atual elenco do clube lhe dá condições mínimas de qualidade para tentar uma nova conquista. Com relação ao Brasileirão, o título parece bem mais distante. O Grêmio quer que o velho Felipão volte a dar alegrias aos torcedores. Para isso, é bom que o comandante venha com ideias mais atualizadas de se jogar futebol. Domínio do vestiário, carisma e estrela, ele possui de sobra.

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