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Arsene Wenger: Estabilidade no emprego e salário milionário no Arsenal

Técnico/manager do clube inglês não parece ameaçado no cargo, mesmo após seguidas derrotas.

Ter estabilidade no emprego e um salário alto é o sonho de qualquer pessoa. Imagine então ficar oito anos obtendo resultados negativos nas suas tarefas profissionais e, ainda assim, ser prestigiado pelo seu chefe. Esse cenário parece surreal. Mas, o técnico do Arsenal, Arsène Wenger, é o “sortudo” que passa por essa situação.

O francês de 63 anos comanda o time inglês desde 1996. São 17 anos atuando como o todo poderoso da equipe londrina. O caso é mais impressionante se levarmos em conta que estamos falando de um técnico de futebol. No Brasil, dois anos de trabalho para um treinador de futebol já é um tempo bastante expressivo.

Wenger não é simplesmente o técnico do Arsenal. Ele tem plenos poderes para contratar e demitir jogadores, além de definir valores de compra e venda. Até mesmo as cifras dos salários dos boleiros passa pelo seu aval. Obviamente, ninguém entrega tamanhos poderes e responsabilidades para alguém a troco de nada. Ele obteve o posto de manager após realizar ótimos trabalhos. Com a filosofia de contratar jogadores jovens e ainda em formação (consequentemente bem mais baratos), Wenger conseguiu formar times fortes e vencedores, com valores bem mais modestos do que os rivais.

Sob o comando do francês, o Arsenal venceu quatro vezes a copa da Inglaterra e a Supercopa inglesa. Entretanto, o maior feito foi sagrar-se tricampeão do Campeonato Inglês. O Auge aconteceu na temporada 2003-2004. O time que tinha Henry, Viera, Pires e Bergkamp foi campeão invicto. A formação de grandes estrelas do futebol ( Fábregas, Nasri, Van Persie, Cole, Wilshere…) também passa por Wenger.

Outro caso de longa permanência no comando de um time de futebol é Alex Ferguson, do Manchester United. O treinador está há 26 temporadas seguidas como técnico dos “Diabos Vermelhos”. Porém, Ferguson apresenta uma sequência mais constante de títulos que Wenger. Ou seja, vence e vai continuando no clube.

Entretanto, o trabalho de Wenger já começa a sofrer fortes contestações. Há oito anos sem ganhar um título, a torcida está impaciente. A maioria das estrelas foi vendida e a reposição não veio à altura. Muitos reclamam que o treinador é “pão duro” e não gasta a verba que é destinada para contratar. Outros apontam que a estratégia de formar novos talentos não funciona mais. O certo é que o proprietário e os acionistas do Arsenal (é comum que na Europa haja donos de clubes), apesar da pressão, não pensam em demitir Arsène Wenger. Na verdade, já se cogita uma renovação de contrato do treinador até 2016. Hoje, o salário anual dele beira os 4,7 milhões de euros. Certamente essa estabilidade profissional é rara, principalmente se levarmos em conta os últimos oito anos de derrotas de Wenger.

Infelizmente para nós “mortais” não existe concurso para técnico do Arsenal. Certamente seria um cargo bem concorrido e amplamente disputado.

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